segunda-feira, 11 de abril de 2016

Ser feliz não é uma coisa boa em todas as culturas

Ser feliz não é uma coisa boa em todas as culturas

Ser feliz não é uma coisa boa em todas as culturas


A felicidade é o objetivo de quase todo ser humano. Entretanto, de acordo com novos estudos, a ideia de objetivar uma vida com mais momentos de felicidade que tristeza é um produto de nossas culturas – e não uma máxima da nossa espécie. Em alguns lugares, inclusive, a felicidade é evitada.
Em nossa cultura ocidental, temos uma tendência a acreditar que uma pessoa que age de forma alegre, está muito bem. Por outro lado, fazemos estudos psicológicos em cima daquele que são cronicamente infelizes, e acreditamos que essas pessoas têm algum problema.
Entretanto, em culturas diferentes das nossas, existe uma divergência na importância e no significado da felicidade. Se você é pessoalmente feliz, isso significa, talvez, que você está focado na própria felicidade e estado mental. Entretanto, isso pode significar também que você está (pelo menos um pouco) menos envolvido com a promoção de um “bem maior”. As pessoas no Leste da Ásia, por exemplo, por vezes, interpretam demonstrações de felicidade totalmente impróprias.
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Victoria de Wellington, na Nova Zelândia, observou a maneira como a felicidade era vista e interpretada pelas pessoas. Os resultados são surpreendentemente contraditórios à nossa opinião comum sobre a busca incessante pela felicidade.
Definindo felicidade como a satisfação proveniente da ausência de emoções negativas, pesquisadores observaram não apenas o quão felizes as pessoas eram – mas também como elas viam as outras pessoas felizes. Os resultados sugerem que muitas pessoas estavam completamente às avessas da ideia.
Os pesquisadores descobriram a existência de diversos tipos de felicidade. A felicidade que você sente ao subir de escalão no serviço, por exemplo, é diferente daquela que você sente quando chega em casa e é saudado por sua família, que lhe esperava ansiosa. Na primeira situação, a ideia de felicidade é incrivelmente “egoísta” e individualista. Esse é o problema para algumas culturas.
Para a maioria dos ocidentais entrevistados, a felicidade era vista como algo que poderia trazer problemas. Em outras palavras, se alguém está muito feliz, ou curtindo muito a vida, ela está pedindo para que algo de ruim aconteça. Entre os orientais, essa ideia era totalmente familiar, e quase todos entrevistados (muito mais que nos casos dos ocidentais) aprovavam ou conheciam alguém que aprovasse a ideia. Para essas pessoas, a felicidade é algo que merece preocupação, suspeitas, e que pode causar problemas.
Essa teoria de aversão à felicidade é uma regra no Taoísmo, por exemplo. Os praticantes acreditam que a felicidade eventualmente se inverte, a fim de manter o que chamam de “balanço”. Na Coreia do Sul, a felicidade é encarada como uma certeza de que algo oposto acontecerá no futuro, e no Irã existe inclusive um dito popular que diz, em outras palavras, “Risadas altas acordam a tristeza”. Já no cristianismo, está tudo bem com a felicidade, desde que ela não seja individualista. Se você está fazendo bem a alguém – ok. Por outro lado, você está sendo egoísta e pode estar se aproximando daquilo que os praticantes chamam de “inferno”.
Além de isso tudo, algumas culturas acreditam que ser feliz faz de você uma pessoa moralmente corrupta. Muitos grupos islâmicos pregam que a felicidade extrema é algo a ser evitada, já que a felicidade verdadeira vêm apenas do Deus que acreditam, e não por fatores mundanos. 


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