sexta-feira, 15 de abril de 2016

Minúsculo buraco negro monstruoso é descoberto

Minúsculo buraco negro monstruoso é descoberto

Minúsculo buraco negro monstruoso é descoberto


O menor buraco negro supermassivo já identificado está devorando material a taxas semelhantes às de seus primos maiores, fornecendo pistas sobre como esses gigantes evoluem.
Localizado no centro de uma galáxia anã chamada RGG 118, o buraco negro contém cerca de 50.000 vezes mais massa que o Sol. Tem, portanto, menos da metade do peso que o segundo menor buraco negro supermassivo conhecido, disseram os pesquisadores.
“Pode soar contraditório, mas encontrar um pequeno e massivo buraco negro é muito importante”, a principal autora Vivienne Baldassare, uma estudante de doutorado na Universidade de Michigan, EUA, disse em um comunicado. “Nós podemos usar observações dos mais leves buracos negros supermassivos para entender melhor como buracos negros de diferentes tamanhos crescem.”
Existem dois tipos de buracos negros – os de massa estelar e supermassivos. Buracos negros de massa estelar pesam algumas vezes a massa do sol e se formam após o colapso de grandes estrelas. Buracos negros supermassivos residem no centro da maioria, se não todas, as galáxias – acredita-se que evoluem e crescem junto com a coleção de estrelas que habitam.
RGG 118 está localizado a cerca de 340 milhões de anos-luz da Terra; a galáxia anã foi originalmente identificada pelo Sloan Digital Sky Survey. Baldassare e seus colegas foram capazes de determinar a massa do buraco negro central da RGG 118 estudando o movimento de gás perto do centro da galáxia com o telescópio Clay, no Chile.
Com 50.000 massas solares, o buraco negro é bastante leve. Por exemplo, o buraco negro supermassivo central da Via Láctea, a nossa galáxia, é cerca de 100 vezes mais massivo. Os buracos negros mais pesados ​​conhecidos pesam cerca de 200 mil vezes mais do que aquele em RGG 118.
“Em certo sentido, é um buraco negro supermassivo pequenininho”, disse a co-autora Elena Gallo em outro comunicado.
“Este pequeno buraco negro supermassivo se comporta como seus primos maiores, e em alguns casos, muito maiores”, disse a co-autora Amy Reines. “Isso nos diz que os buracos negros crescem de forma semelhante, não importa o seu tamanho.”
Os cientistas ainda não tem certeza exatamente como os buracos negros supermassivos nascem e crescem. Uma ideia postula que enormes nuvens de gás em colapso criam a “semente” dos buracos negros, que se fundem ao longo do tempo para formar estruturas maiores – os buracos negros supermassivos. 
Buracos negros ativos ajudam a moldar as suas galáxias conforme crescem e evoluem, regulando a temperatura e o movimento do gás e poeira que se transforma em estrelas. O pequeno tamanho do buraco negro do RGG 118 indica que a galáxia anã provavelmente nunca sofreu uma fusão com outra galáxia – o processo pelo qual galáxias maiores crescem, dizem os pesquisadores.
“Essas pequenas galáxias podem servir como análogas para galáxias no universo primordial”, disse Baldassare. “Ao estudar como galáxias como esta estão crescendo e alimentando seus buracos negros, poderíamos obter uma melhor compreensão de como as galáxias estavam se formando no início do universo.”


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