Júlio Verne: o escritor que previu avanços tecnológicos e científicos em suas obras
Não são raras as vezes que lemos um livro antigo e vemos que neles haviam “previsões” de avanços tecnológicos ou científicos. Muito da ficção de ontem é a realidade de hoje, e sem sombra de dúvida, algumas coisas da nossa literatura de ficção científica será algo recorrente no mundo de nossos filhos, netos ou bisnetos. Viagens espaciais, submarinos, bombas atômicas, engenharia genética, comunicação via satélite, turismo espacial e até chamadas de vídeo já eram retratadas nos livros de ficção científica. Alguns escritores conseguiram prever esses avanços tecnológicos e mostraram ter ideias a frente de seu tempo.
Tido por muitos como o maior escritor de ficção científica de todos os tempos, Júlio Verne e o brilhantismo de suas obras sempre são lembrados quando se fala de “previsões” de avanços tecnológicos feitos pela literatura. Autor de clássicos mundiais como A volta ao mundo em 80 dias, Da Terra à Lua e 20.000 léguas submarinas, o francês previu avanços tecnológicos que ocorreram décadas após as suas publicações.
Em Da Terra à Lua, o escritor conta a história de membros de uma organização americana especializada em balística e armas de fogo que tentam construir um canhão capaz de arremessar uma bala (oca e tripulada) na Lua. A obra foi publicada em 1865, enquanto a primeira viagem tripulada até a Lua, a Apolo 11, aconteceu 104 anos depois, também orquestrada pelos Estados Unidos.
Verne também previu o surgimento do primeiro submarino elétrico no seu livro 20.000 léguas submarinas, publicado 90 anos antes da criação de submarinos, que só aconteceu em 1960. Na mesma obra, ele citou tasers aos descrever uma arma que lança projéteis carregados de energia estática,
O escritor previu outros avanços tecnológicos em obras menos conhecidas, como satélites artificiais em Os quinhentos milhões de Begum, tanques de guerra (citado em A casa a vapor, de 1890) e até o computador (mencionado em Paris no século XX, escrito em 1863).
Para chegar a tais ideias, o escritor estudava o desenvolvimento da ciência na sua época, bem como novas descobertas e as pesquisas em andamento. Juntando isso à sua criatividade, temos como resultado “previsões” com tal exatidão e riqueza de detalhes.
