Excesso de chá gelado pode causar problemas renais
Um homem de 56 anos, natural do Arkansas-EUA, procurou um médico por problemas renais. Seus doutores, depois de analisarem seus hábitos alimentares, sugeriram que o culpado pela doença poderia ser o chá gelado que o homem bebia diariamente. Um novo relatório sobre o caso foi publicado recentemente.
As funções de renais do rapaz não foram recuperadas, e ele segue em tratamento, disse Alejandra Mena-Gutierrez, da Universidade do Arkansas, que tratou o paciente e escreveu seu relatório. Alejandra é enfática ao dizer que o problema não está no chá, e sim no excesso. “Nós não estamos alertando contra o consumo de chá, se você é saudável e bebe chá com moderação, provavelmente não enfrentará problemas renais”, disse.
Logo que chegou ao hospital, sentindo-se com dores e cansado, o homem passou por testes que mostraram que sua urina possuía níveis elevados de cristais de oxalato de cálcio, componentes dos famosos cálculos renais. O homem, no entanto, não possuía histórico familiar de doenças renais, e não havia apresentado cálculos no passado. O homem contou aos médicos que bebia 16 copos de chá gelado por dia. Mais especificamente, o homem consumia chá preto, fonte rica em oxalato, um composto que contribui para problemas renais se consumido em grandes quantidades.
Os médicos concluíram que o consumo excessivo de oxalato pode ter feito com que os problemas renais do rapaz tenha progredido rapidamente. “A condição do paciente não poderia ser explicada de outra maneira neste caso”, disse Mena-Gutierrez ao portal americano ‘LiveScience’.
De acordo com a Academia de Nutrição dos EUA, os estadunidenses consomem, em média, de 152 a 511 mg de oxalato por dia, mais que os 40 a 50 mg recomendados diariamente. Os médicos dizem que cada 100ml de chá preto possui de 50 a 100 mg de oxalato. “Com 16 copos de chá diariamente, o paciente estava consumindo mais de 1500 mg de oxalato por dia”, escreveram os médico que cuidaram do paciente.
O relatório em questão foi publicado no último dia 1º de abril no New England Journal of Medicine.
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