Descoberta droga para combater falta de memória

Pesquisadores da UC San Francisco e da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford descobriram uma proteína no sangue que tem relação com o declínio cognitivo e perda de memória, principalmente em pessoas mais velhas.

Em principio a Beta-2 da microglobulina (B2M) tem como função primária encontrar células estranhas que possam oferecer riscos ao corpo e avisar ao sistema de imunidade para atacar. Mas além dessa função, os cientistas descobriram que a proteína também influencia no desenvolvimento do cérebro, como o nervo de comunicação celular e até o comportamento.

Foi com base nessas descobertas que os pesquisadores passaram a fazer outros experimentos com ratos velhos, bloqueando a atividade da B2M para testar a capacidade de aprendizagem e a função da memória comparada a jovens ratos e foi constato que sim, era possível restaurar a memória dos mesmos.

De posse desses resultados, eles acompanharam os resultados de outro estudo feito em Stanford ano passado. Nessa pesquisa ficou mostrada que os ratos que receberam sangue de ratos novos tiveram um aumento na capacidade de aprendizagem e que antes de receber o sangue, eles já mostravam dificuldade de neurogênese, que facilita a perda da memória, sinal de que fatores “pró-envelhecimento” já estavam em desenvolvimento nos animais.

Estudos antigos associavam pessoas com nível alto da proteína B2M no sangue a doenças como Alzheimer, demência associada ao HIV, e casos graves de doenças renais.

Para comprovar a eficiência desses experimentos, Saul A. Villeda, da UC San Francisco, e sua equipe fizeram testes injetando a proteína no sangue e cérebro de ratos novos e colocaram eles em um labirinto de água e a capacidade deles em resolver os ensaios piorou em até 2 vezes comparado a ratos novos sem a aplicação. Já quando bloqueada a proteína em ratos novos, foi detectado que eles não têm problemas quando chegam a idades mais avançadas.

O próximo passo agora é descobrir se há outros fatores que possam colaborar com a queda cognitiva com o passar dos anos e que possam ser um problema na comprovação do uso das drogas de bloqueio de B2M. 

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