Descartes dissecou o cão de sua esposa para provar uma teoria

A existência ou não daquilo que se chama de “alma” rende muitos debates, experimentos, e é assunto de uma série de religiões, crenças e filosofias ao redor do mundo. Hoje, em 2015, conhecemos grande parte do nosso corpo, sabemos como algumas coisas funcionam (ainda que nem mesmo os mais especialistas conheçam o corpo humano em sua totalidade). Mas fato é que, em 1647, as coisas não eram bem assim. Nesse ano, René Descartes teorizou que o corpo era apenas um instrumento mecânico, e que o que nos dava consciência era nossa alma – e que essa residia em algum lugar da glândula pineal. Entretanto, para o desespero dos animais, Descartes também teorizou que apenas seres humanos tinham almas – eram apenas instrumentos mecânicos.

Para que pudesse provar sua tese, Descartes dissecava cães com corações ainda pulsantes, para entender como eles funcionavam. Entretanto, a loucura do pensador fez com que, de acordo com alguns biógrafos, ele pegasse o cão de estimação de sua esposa para um experimento torturante. Com um martelo, Descartes quebrou as patas do animal e o cortou em pedaços – ignorando o sofrimento do pobre cão (sofrimento esse que, ao que tudo indica, não fez com que Descartes acreditasse que os cães possuíam consciência).

Não se sabe se Descartes dissecou o pobre cão para ver se conseguia encontrar sua “alma”, ou se para verificar a reação do animal. Entretanto, o ato de loucura para com o cão de sua esposa é relatado em uma série de obras.

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