Asteroide enorme passará perto da Terra nessa sexta
Nesta sexta-feira, o asteroide 2014 YB35 vai passar próximo à Terra. Apesar do alarmismo de alguns meios de comunicação, a passagem não será incrivelmente perto, mas 2014 YB35 é extremamente grande e sua recente descoberta levanta questões sobre quais outros corpos não descobertos estão à espreita na escuridão.
Asteroides grandes o suficiente para serem observados por estudos do céu frequentemente fazem abordagens perto da Terra. No ano passado, vimos um asteroide de 20 metros passando mais perto do que a Lua. Em janeiro, 2004 BL 86, de 500 metros de largura, passou por três vezes a distância da Lua.
2014 YB35 não vai se aproximar mais do que 4,5 milhões de quilômetros, que é de 11,7 vezes a distância da Lua. No entanto, com um diâmetro estimado em até 1.000 metros. é o tipo de coisa que pode causar sérios danos caso se colidir com a Terra. Asteroides deste tamanho não causariam uma catástrofe global na escala da que matou os dinossauros, mas o dano ainda seria devastador para centenas de quilômetros ao redor do impacto, liberando energia equivalente a mil das maiores bombas nucleares. Dependendo da localização, poderia criar o maior terremoto já registrado. Tsunamis, tempestades de fogo, chuva ácida e inverno induzido por poeira são, pelo menos, possíveis bônus extras.
Esta não é a última que veremos 2014 YB35. Em 2033, ele estará de volta para uma passagem 9 vezes a distância da Lua, com outra aproximação em 2128.
Passagens como essa oferecem aos astrônomos uma oportunidade de aprender mais sobre asteroides; em janeiro, descobrimos que 2004 BL 86 é acompanhado de uma lua. Desta vez, os telescópios do Observatório Goldstone, Califórnia e Arecibo estarão assistindo.
O aspecto preocupante sobre 2014 YB35 está na primeira parte do seu nome. Foi somente no ano passado, 27 de dezembro, para ser preciso, que a Catalina Sky Survey o detectou. Se fosse um asteroide com uma órbita em direção a Terra, seria fatal, pois não haveria tempo para muita coisa.
Em 1998, a NASA assumiu o objetivo de descobrir 90% dos asteroides próximos à Terra maiores que um quilômetro de diâmetro. Enquanto estamos pensando estar se aproximando desse objetivo, novas descobertas servem para lembrar que ainda estamos aquém de 100%. Enquanto isso, os objetos menores, capazes de causar danos locais graves, continuam a ser detectados a uma taxa de cerca de mil por ano, o que é muito pouco.
O que você achou dessa publicação ?
deixe seu comentário abaixo e compartilhe esse conteúdo com seus amigos.