Acesso à natureza é essencial para a saúde da mente
Hoje em dia, nosso contato com a natureza é incrivelmente mínimo. Cada vez mais nos mantemos ocupados em escritórios e residências, passando cada vez menos tempo em parques, praças e áreas de preservação da natureza. Sabendo disso tudo, pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, investigaram o motivo pelo qual a urbanização está associada com uma maior incidência de problemas mentais. Em um estudo, eles observaram que a exposição ao natural poderia influenciar os níveis de depressão e especificamente a ‘ruminação’: pensamentos repetitivos que focam em um aspecto negativo do ser.
Os pesquisadores levaram dois grupos de participantes para uma “caminhada” durante 90 minutos, em dois ambientes completamente diferentes. Um grupo caminhou em um campo com grande quantidade de grama e árvores, enquanto o outro grupo caminhou em uma rua movimentada, com muitos carros.
Utilizando escaneamentos cerebrais nos dois grupos antes e depois da caminhada, a equipe descobriu que a atividade cerebral na área responsável pela ruminação foi menor naqueles voluntários que haviam passado pelo bioma natural. Os próprios participantes, dizem os pesquisadores, afirmaram terem rumido menos nos casos em que caminharam em ambientes verdes.
Já aqueles que passaram por ambiente com muito tráfego de carros e urbanização não demonstraram mudanças na atividade cerebral. Além disso, admitiram que a ruminação continuou nos mesmos níveis em que se apresentava antes do experimento.
“Esses resultados sugerem que o acesso a áreas naturais pode ser vital para a saúde mental no nosso mundo totalmente urbanizado”, disse Gratchen Daily, coautora do estudo.
A pesquisa foi publicada no Proceedings of the National Academy of Science.
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