quarta-feira, 13 de abril de 2016

A Terra está perdendo os seus zangões

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A Terra está perdendo os seus zangões


Estudo sugere que as diversas mudanças climáticas ao redor do planeta estão contribuindo para a diminuição do número de zangões selvagens, o que pode significar um desastre para a polinização de diversas culturas da Europa e América do Norte. O estudo constata que enquanto as temperaturas globais aumentaram, os zangões desapareceram das regiões mais quentes que ocupavam, mas não se espalharam em direção ao norte para tirar proveito do novo habitat.
“Eles simplesmente não estão colonizando novas áreas para rastrear mais rapidamente as mudanças climáticas provocadas pelo homem”, afirmou Jeremy Kerr, biólogo da Universidade de Ottawa e co-autor do estudo. Nos últimos anos as abelhas se tornaram assunto bastante discutido por pesquisadores. Dentre os diversos fatores propostos pelos cientistas como causa foram citados o uso de pesticidas.
Ao contrário da maioria das outras abelhas, os zangões estão presentes nos campos bebendo néctar e polinizando plantas da primavera ao outono. Os zangões são de grande importância econômica: estudos envolvendo polinização por parte de zangões envolvem aproximadamente 3 bilhões de dólares ao ano.
Os pesquisadores analisaram registros históricos de 67 populações de zangões entre 1901 e 1974 (quando o aquecimento global era insignificante) e entre 1974 e 2010 (período em que a mudança climática tem sido considerável). De acordo com Kerr, alocalização da extremidade sul das populações analizadas diminuiu 300 quilômetros. No entanto, os zangões não migraram para o norte, apesar de as latitudes maiores apresentarem temperaturas mais amenas. O estudo não mostrou nenhuma relação entre o uso de pesticidas e o desaparecimento dos zangões. Os zangões estão morrendo no extremo sul de sua localização geográfica por conta do aumento das ondas de calor.
Porém, nem todas as abelhas estão em perigo. Atualmente, os pesquisadores já estudam outras espécies de zangões em busca de pistas que possam ajudar os cientistas a salvar as espécies que estão desaparecendo.
“Pode ser necessário o uso de migração assistida ou mudança de colônias em massa, além de preservar localidades naturais que servem de abrigos para os polinizadores. Administrar outras ameaças, como o uso de pesticidas, também pode torná-los menos vulneráveis ao estresse térmico”, disse Kerr.

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