Eu falar português, você bonito. Nós todos falar errado”. A gente ri e tira sarro dos gringos que parecem homens das cavernas falando a nossa língua. Mas a verdade é que não olhamos para o nosso próprio umbigo: somos iguais. Brasileiro tem sotaque na pronúncia – é fácil detectar um de nós no exterior – e tem manias no inglês que só nós temos.
ATÉ QUE A GENTE SE VIRA BEM
Numa viagem internacional, até somos entendidos no improviso, mas para os nativos, o nosso sotaque e jeito de falar é mais ou menos como o deles tentando falar a nossa língua. Conjugam errado, comem verbos, ocultam sujeitos e outras manias da gramática nativa que interferem no aprendizado de outro idioma. Confira os erros gramaticais, de coerência e de pronúncia que deixam óbvia a origem brasileira e confundem os gringos numa viagem.
1. HAVE
Um dos maiores erros cometidos pelos brasileiros é a substituição de Have pelo verbo Haver/Ter em português. Formulam frases do tipo “I have 20 years old” (ao invés de I am). “Have two boys in my classroom”: esse é um dos erros mais elementares, mas também mais cometidos – usar o Have no lugar de There is ou There are pode deixar os nativos extremamente confusos.
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2. DID + PASSADO
Quando usam o did, o passado do verbo “to do” na língua inglesa, é incorreto usar o verbo principal no passado. Frases como “Did you saw that movie?” são comuns entre os brasileiros, que fazem confusão com os tempos verbais. Mas isso não é exclusividade dos brasileiros: boa parte das pessoas que aprendeu o “To do” no passado comente o mesmo erro até pegar no tranco e ser automático.
3. MAKE E DO
Os falantes nativos de inglês não usam o make tanto quanto nós achamos: “Eu estou fazendo o jantar” não pode ser traduzido como “I am making dinner.”. O “do”, muitas vezes, substitui o “make” e muitos outros verbo… e não soa estranho porque é usado com mais frequência. “What are you making?” não significa o mesmo que “What are you doing?”, pois o primeiro é já dentro de um contexto específico que pode ser empregado, enquanto o segundo serve para perguntar o que a pessoa está fazendo.
4. TERCEIRA PESSOA
Aprendemos que sempre que falamos na terceira pessoa do presente (he,she, it), conjugamos o verbo colocando um S no final, certo? Muita gente não se lembra disso ou faz confusão e repete os esses. Ao elaborar uma pergunta, por exemplo, a regra já muda “Does he know?”. Ao invés de adicionarmos o S ao know, nos casos das perguntas com o verbo “to do” no presente, adiciona-se o ES ao DO e retira-se o S do know. Mas quem vai lembrar disso numa conversa com o oficial da imigração no aeroporto?
5. PRONOMES POSSESSIVOS
“Ela está comprando a sua passagem”. Em português, podemos usar o “seu” para nos referirmos a algo de alguém. Nesse caso, pode ser tanto a passagem dela mesma quanto da pessoa a quem dizemos isso. E é aí que muitos brasileiros erram quando aprendem inglês e soltam essas pérolas confusas nas viagens internacionais.Exemplo de um diálogo confuso para um gringo numa viagem:
- She is buying your ticket.
- Mine? I don´t need it.
- No, your ticket.
- But I don´t need.
- No, the ticket from she.
- Ah, ok, her ticket.
- Mine? I don´t need it.
- No, your ticket.
- But I don´t need.
- No, the ticket from she.
- Ah, ok, her ticket.
Isso pode causar uma imensa confusão tremenda. Isso porque eles não fazem nem ideia do porquê de falarmos assim. Para os americanos, ingleses e falantes nativos de inglês, cada pronome possessivo tem um sujeito como dono: mine (I), your (you), his (he), her (she), our (we), their (they) e your nunca pode significar o mesmo que her.
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O inglês é um idioma que comumente termina as suas palavras com uma consoante, e os brasileiros ficam confusos com isso. Para resolver o problema, adicionamos um I ao final de cada uma dessas palavras e ficou tudo certo: Good, God, Blog, Facebook e Ipod, top são alguns exemplos cotidianos de palavras que pronunciamos com um jeitinho só nosso - e que dão as pistas para o reconhecimento de conterrâneos no exterior.
7. ESQUECER DO "IT"
Quando o verbo não leva o sujeito he ou she, o brasileiro costuma pensar que não existe mais nenhum outro e que pode ocultá-lo. O que acontece é que em inglês é terminantemente proibido ocultar o sujeito. Eles jamais dizem “Am fixing it” sem colocar o sujeito na frase. Por isso o brasileiro acha que dizer que está chovendo em inglês é “Is a good day to go out”, por exemplo. Esquecem-se de que o it existe e está lá para ser usado sempre que necessário, +e o sujeito para descrever uma coisa. É o pronome ideal para ser usado em casos de emergência.
8. VERBOS TERMINADOS EM “ED”
Stopped, cropped, washed. Esses são exemplos de verbos no passado que deveriam ser ditos como se tivessem um T no final: stoppt, croppt, washt. Mas nós fazemos questão de adicionar o I, carinhosamente, pela tendência que temos de pronunciar o D com som de Dji e o T como Tchi. Não resistimos.
9. TO BE OR NOT TO BE?
Depois de aprender o verbo to be, o brasileiro que fala inglês ainda no nível básico tem a mania de empregar em tudo. É que só depois do verbo to be aprendemos o to do. Então dizemos “Are you cook dinner tonight” ou “I´m go shopping every day.” A tradução literal dessa última frase é mais ou menos “Eu é vou às compras todos os dias.”…
10. TRIP, TRAVEL, GO AWAY
Geralmente, em inglês, quando a intenção é se referir a uma viagem de longa duração, usa-se travel. Em relação ao trajeto, é sempre trip (have a nice trip). Quem passa um ano fora, por exemplo, está "travelling". Quem fez uma viagem semana passada, "took a trip" ou "went away". Travel é sempre usado para estadias de longa duração.Se você fizer um intercâmbio e passar um tempo fora, é travel. Se você for a praia, trip.
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